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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Procura-se um novo Fenômeno.

Ronaldo com a camisa de presente do Corinthians (Foto: Reuters)

Ronaldo Nazário é a bola da vez (desculpem-me o trocadilho infame!) ou pelo menos era até esta segunda. Quatro copas, dois títulos, o melhor do mundo em três oportunidades, belíssimas jogadas, gols memoráveis, com certeza um perfil a ser perseguido por muitos. Mas deixemos o futebol de lado... Pelo menos do lado de dentro do campo.
Ronaldo Fenômeno, esse sim seu novo e definitivo sobrenome, deixou de ser mais uma máquina de futebol para ser a máquina de fazer dinheiro. Um verdadeiro imã de investimentos publicitários.
Senão vejamos. Em 2008, ao ser repatriado, o camisa 9 atraiu uma legião de empresas interessadas em associar suas marcas ao tão propagado sucesso do jogador. Assim se fez com a Hypermarcas, um guarda-chuva de várias marcas e até o quase finado Pan-Americano de Silvio Santos. Vale dizer ainda que carrega consigo até hoje marcas como Nike e Ambev e por último a Claro.
O aporte de recursos que ingressaram nos cofres do Corinthians beira os R$ 50 milhões de reais mensais, cifra recorde para o time do parque São Jorge. Destes, pelo menos 80% ficavam como pagamento de salário da estrela mundial. O contrato foi refeito e se passou então a remunerar o craque com uma quantia fixa mais alguma participação, o que ainda continuou a ser negócio.
Mas o que parecia ser o casamento perfeito e pra sempre, teve seu capítulo final nestes dias quando R9 jogou a toalha e pendurou as chuteiras. De forma inesperada, mas quase que anunciada pelas últimas apresentações. Quase não frequentava as quatro linhas e quando o fazia, tinha uma participação acanhada e distante daquele futebol que o consagrou.
O presidente do Corinthians, Andres Sanchez, jura "de pé junto" que não haverá nenhum prejuízo para o rio de dinheiro que corria em direção ao clube por conta da presença do Fenômeno, mas o próprio contrato com o patrocinador-master previa uma revisão para patamares mais modestos, caso Ronaldo encerrasse a carreira antes de dezembro, o que foi precipitado pela pífia campanha do clube na libertadores. Precisava ele sim sair por cima e não atolado num futebol tosco. Precisava preservar a imagem que ainda pode continuar lhe rendendo dividendos e que ensinou o caminho das pedras. Tanto que já se tornou executivo do ramo e passou a agenciar expoentes do esporte.
Ronaldo passou. Não é mais a bola da vez. E a pergunta que se faz é: quem poderá substituí-lo? Não no Corinthians de dentro do campo, pois mesmo com sua maestria, sempre hão de haver gênios da bola. Pode demorar mas vai aparecer outro colírio para essa torcida órfã... Mas quem pode sucedê-lo na tarefa de ser a estrela da constelação já é a grande dúvida que começa a amargar a boca dos cartolas corinthianos. E que pode começar a pesar nos cofres alvinegros. Afinal, negócios são negócios. Futebol é outra coisa...

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